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Mostrando postagens de outubro, 2014

Na produção do livro Muralha: Parte I — ok

Muralha por Minêu Hoje, 24 de outubro, concluí, de fato, a Parte I de Muralha (o meu primeiro romance), intitulada Mudinho , com 14 capítulos e um total de 56 páginas de Word escritas. Nessa etapa, entre 2013 e 2014, investi 89 horas e 25 minutos de trabalho em 33 dias (média de quase três horas por dia), quase todos em Salvador – exceto dois dias em Porto Alegre e um dia em Florianópolis, na honra de escrever na casa do amigo e referência Tabajara Ruas . A Parte I de Muralha (a história do goleiro que nunca tomou gol), conta a trajetória do tirador de coco e pescador Mudinho , no RG José Santos , de Caraíva a Porto Seguro, onde foi jogar pela seleção da cidade na fase final do campeonato amador. Suas defesas na final (e semifinal) garantiram o título inédito para o time porto-segurense. Acaba sendo contratado para jogar em um grande time de Salvador. Nessa parte, revelo a origem de Muralha , filho de pai desconhecido, mãe morta meses após o parto (foi criado no orfanato, m

Ildegardo Rosa, o andarilho da ilusão

Ildegardo Rosa (1931-2011) Salve Mestre Dedé , meu pai, muita luz pra ti neste 22 de outubro , teu dia! Para celebrar, um pedaço da obra do andarilho da ilusão, poeta e filósofo, com o registro de sua voz singular, de profeta do sertão, introduzido pelo também mestre Mateus Aleluia :  Ildegardo Rosa (1931-2011) disse: "Para que direção corre o curso da vida? Para cima, para baixo, para um lado, para o outro, para frente ou para trás? Ou corre para lugar nenhum? Então, observe apenas, não interrompa e nem interfira. Deixe-o simplesmente correr, não importa para onde. O que importa é estar nele, é ser ele mesmo, pois esse é o nosso destino, a nossa eterna condição. Não te arremesses no amanhã, no que desejas vir a ser, nem te agarres no passado, no que já foi e não voltará; são meras fugas e ilusões. O que tu tens de concreto e não importa o que te aconteças é este instante; não tentes escapar dele, viva-o com plenitude e coragem. Esgote-o! Ele é a tua única reali

Dicionário amoroso de Salvador, de João Filho

João Filho Foto: Divulgação | Arte: Mirdad Segundo a editora Casarão do Verbo , a sua coleção de dicionários amorosos é "o território literário no qual os escritores ocupam, em todas as direções, o tecido urbano de algumas metrópoles brasileiras. É uma outra forma de olhar as capitais no que elas têm de aparente, secreto e inexplorado". Segundo a escritora Állex Leilla , "são chamados de Dicionários porque os temas entram em formato de verbetes, porém, se trata, na verdade, de crônicas amorosas, apimentadas, sensuais, satíricas, ácidas e poéticas acerca dessas 12 cidades. Os olhares são pessoais, e as imagens que saltam nas páginas são frutos da relação complexa que cada indivíduo – neste caso, escritores, poetas, artistas – têm com a cidade onde nasceram e/ou escolheram para viver". O " Dicionário amoroso de Salvador " é uma excelente obra do poeta e pensador baiano João Filho , com ilustrações de Caius Marcellus . Parte I Leia aqui &qu

Dedicatórias para o leitor Emmanuel Mirdad (2010-2015)

O leitor Emmanuel Mirdad é um colecionador de dedicatórias. Para ele, é como se a assinatura do autor fosse uma autorização para imergir na obra, como se ela se tornasse mais legítima, o consumo consentido, receitado, referendado. Além disso, é uma dose de carinho, recado afetivo que se imortaliza como um retrato, digitalizado e compartilhado, uma selfie literária entre amigos e/ou colegas, comparsas, mestres e discípulos. 2015 Livros de João Filho, Tom Correia, Bruno Liberal e Marielson Carvalho Clique aqui Livros de Victor Mascarenhas, Márcio Matos,  Bruno Liberal e Ferreira Gullar Clique aqui Livros de Ronaldo Correia de Brito, Cristovão Tezza, Antônio Torres e Cristiano Ramos Clique aqui Livros de Mayrant Gallo em 2015 Clique aqui Coletânea Outro livro na estante Clique aqui Livros de Carlos Barbosa, Tarcísio Buenas, Joana Rizério, Georgio Rios, Marcus Vinícius Rodrigues e Catarina Guedes Clique aqui 2014

Dicionário amoroso de Salvador, de João Filho — Parte 02

João Filho Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "Salvador não é para principiantes. Braços abertos podem afagar ou sufocar (...) Salvador não se resume. Escapável sempre. Nasceu para seduzir e não ser seduzida. Quando alguém tenta enquadrá-la em termos mais ou menos fixos, ela escapa da moldura (...) Ruas que personificam nomes. Ruas com alma, feito gente (...) Daí cresceu a egolatria e se transformou em sinônimo de Estado. Quem vem a Salvador, vem para a Bahia (...) Sua beleza é irrefutável, disso ninguém duvida. O que às vezes me cansa é esse pendor ao cartão-postal (...) Salvador à revelia. A filosofia do cacete armado. A informalidade da chuleta, a bodega, o pé-sujo sem comparações. A estrutura do desconcerto. Se for muito arrumado, não vinga. É preciso o furdunço para o baiano aprovar (...) Salvador em si não se contém. E transborda para que possamos, apesar de tudo, amá-la" "Se a primeira impressão é a que fica, Salvador pode permanecer nos olhos do visitante

A noite em que nós todos fomos felizes, de Márcio Matos

Márcio Matos Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "Mesmo espremida entre os fiéis, nunca passava despercebida. Adorava os encontrões e o esforço que muitos faziam para tocar seu cabelinho cor de fumaça, 'presságio de Nossa Senhora cacheadinho nas pontas'. A expressão oca e estranha servia para dona Milu alardear a pureza da filha. A maioria dos habitantes do alto do Bonfim, as velhas beatas e os jogadores de dominó concordavam e faziam questão de cumprimentar Marianinha no meio do aperto. Era um gesto de respeito 'à virgem', 'à noviça' e, apesar de roçarem despudoradamente no seu traseiro, os homens baixavam a cabeça em sinal de respeito. A menina, eles sempre ouviam dos vendedores de fita, estava 'reservada para os anjos'" "A tarde estava penumbrosa e ela se deitou numa cama de massagem do Jardim de Alá para tentar esquecer de si e do marido. A massagista dizia dezenas de frases de autoajuda, que lhes reviravam o estô

Dicionário amoroso de Salvador, de João Filho — Parte 01

João Filho Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "Baiano não morre de depressão, mata de pirraça" "Milhões de histórias individuais que se repetem, mas não são as mesmas. Três palavras resumem uma vida: nasceu, viveu, morreu. Porém, quanta realidade, quanto assunto, quanto drama e tragicomédia, entre os intervalos e em cada palavra. Na Estação da Lapa pode-se dizer com ou sem exageros que há de um tudo. Lá dentro, de um ponto estratégico, observo uma hora, durante uma semana, e constato: o excesso de movimento paradoxalmente produz imobilidade. A pressa, parece-me, não leva ninguém a lugar nenhum" "Brotas não é um bairro. Dizem as boas línguas que é um país que faz divisa com Salvador (...) Abarca oito subdistritos (...) Apesar dos geógrafos insistirem, não tem limites, mas ninguém sabe onde começa ou termina. É um mistério. E avança (...) Dificilmente você andará no plano. Brotas é a realidade acidentada (...) Toda ladeira vai dar em Brotas (...) Dizem

34

Selfie de Emmanuel Mirdad, quando completou 34 anos ontem, 07 de outubro de 2014 O bom de fazer 34 é somar três e quatro, e desvendar mais um sete, neste sete de outubro, a escrever Muralha, o meu primeiro romance, parto da patrulha que me perseguirá; faça outro, faça melhor, faça. Que venha! Eu traço. Muralha não deixa passar nada; bem entendo o que é isso. 34 que começa no 14 e termina no 15. Tudo velho de novo. Esfinge.

Discografia Emmanuel Mirdad: Hybrid (2014), da Orange Poem

Hybrid é o álbum duplo da banda de blues psicodélico & rock progressivo Orange Poem , de Salvador, Bahia, com os vocais de Glauber Guimarães (ex-Dead Billies), Teago Oliveira (Maglore), Nancy Viégas (Radiola), Mauro Pithon (ex-Úteros em Fúria), Rodrigo Pinheiro (Mulher Barbada) e a presença mais que especial da voz de floresta, ancestral, do mestre septuagenário Mateus Aleluia (ex-Os Tincoãs), um dos mais importantes e referenciais artistas da música afro-baiana. Produzido pelo multifuncional Emmanuel Mirdad , curador e coordenador da festa literária Flica , o álbum foi gravado pelo experiente e talentoso Tadeu Mascarenhas , do estúdio Casa das Máquinas , responsável pela gravação de vários discos da nova música baiana. São 18 canções que foram lançadas digitalmente no Soundcloud da banda ao longo do ano, divididas em seis EPs, com uma bela arte gráfica assinada pelo também designer Glauber Guimarães , responsável pelo visual do poema laranja. As músicas são quase to