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Mostrando postagens de junho, 2017

Reflexões do personagem escritor Daniel Mantovani, no filme El Ciudadano Ilustre

No longa argentino El Ciudadano Ilustre  (2016), de Gastón Duprat e Mariano Cohn, traduzido como O Cidadão Ilustre no Brasil, o personagem Daniel Mantovani  (magistralmente interpretado por Oscar Martínez ), escritor laureado com o Prêmio Nobel, traz reflexões muito importantes. Segue abaixo uma seleta das melhores desse excelente roteiro de Andrés Duprat . "A melhor política cultural é não ter nenhuma. Defender a nossa cultura? Sempre consideram a cultura como débil, como algo frágil, raquítico, que deve ser custeado, protegido, promovido e subsidiado. A cultura é indestrutível, capaz de sobreviver às piores hecatombes. Havia uma tribo selvagem na África, em que na sua linguagem não existia a palavra 'liberdade', sabem por quê? Porque eram livres. Creio que a palavra 'cultura' sai sempre da boca da gente mais ignorante, estúpida e mais perigosa. Eu, pessoalmente, não a uso nunca." "Ramiro, me pareceram muito bons os seus contos. (...) Você tem um

Poema de Ruy Espinheira Filho em homenagem a Sonia Coutinho

A que partiu há pouco Ruy Espinheira Filho                                                        a Sonia Coutinho,                                                         in memoriam A que partiu há pouco há muito vinha partindo com os amigos mortos os pais mortos o irmão morto os namorados e maridos que começavam a morrer os livros que lera e escrevera morrendo nas estantes (que estalavam no meio da noite   suspirando em suas mais lentas   mortes) com sonhos mortos e lembranças da juventude há muito morta lembranças principalmente de Paris à qual planejava voltar em breve. A que partiu há pouco há muito procurava de certa maneira inconsciente o que pudesse fazer para enganar ao menos em parte o que se adensava com tantas mortes. Continuava ela a respirar a se mover a tecer alguns sonhos e olhava a vida e pouco a reconhecia nada mais tinha a ver com as pessoas as ruas e então voava de regresso à cidade antiga mas descobria logo que ela estava

Um desprezo absoluto às vaidades estúpidas do mundo — 80 contos de Anton Pavlovitch Tchekhov

Se eu fosse fazer uma edição com os contos do grande mestre Anton Tchekhov , assim seria (optaria como tradutor Rubens Figueiredo ): Um desprezo absoluto às vaidades estúpidas do mundo 80 contos de Anton Pavlovitch Tchekhov Seleção: Emmanuel Mirdad 01) Enfermaria nº 6 | Палата № 6 02) Inimigos | Враги 03) A aposta | Пари 04) Um homem extraordinário | Необыкновенный 05) Uma história enfadonha | Скучная история 06) Vanka | Ванька 07) O assassinato | Убийство 08) A irrequieta | Попрыгунья 09) O homem no estojo | Человек в футляре 10) O vingador | Мститель 11) “Amorzinho” | Душечка 12) Os mujiques | Мужики 13) Sem título | Без заглавия 14) O bilhete de loteria | Выигрышный билет 15) Uma crise | Припадок 16) Ilegalidade ou Libertinagem | Беззаконие 17) Um homem conhecido | Знакомый мужчина 18) História desagradável | Неприятная история 19) Senhoras | Дамы 20) A obra de arte | Произведение искусства 21) O sapateiro e a força maligna | Сапожник и нечистая сила 22