Pular para o conteúdo principal

Vício: Dery - Salif Keita

Salif Keita

Quando estava produzindo o Especial de Sábado – Nouvelles Musiques de France, alguns meses atrás, conheci uma música do genial Salif Keita, chamada Dery, faixa 04 do álbum M'Bemba (2005). Desde então, faz parte do meu playlist e é o meu coringa quando estou abafado no trabalho. Esquentei a cabeça, vou no arquivo e busco Dery. Que toca no mínimo três vezes, desanuviando tudo, me imergindo de um deserto áfrico que desconheço, só sugiro. E essa sugestão me acalma e estimula a criatividade. É quando me sinto mais Elmir. Dery é a minha meota sonora.

Segundo a Wikipedia, “Salif Keita, nascido a 25 de Agosto de 1949, é um músico e cantor de Mali. Ele é único, não só devido a sua reputação de ‘A Voz Dourada de África’, como também pelo fato de ser albino e um descendente direto do fundador do Império Mali, Sundiata Keita. Esta herança significa que Salif Keita nunca deveria ser um cantor, que é uma função desempenhada por Griots. A sua música é uma mistura de estilos de música tradicional da África Ocidental, Europa e América e, no entanto, mantendo estilo de música Islâmica. Entre os instrumentos musicais mais utilizados por Salif Keita incluem-se balafons, djembês, guitarras, koras, órgãos, saxofones e sintetizadores”.

Salif Keita - Dery



Niye N'diyagne finye
Ni ye ne diye finye
Ni ye N'diyagne Koye
Ni bole N'diyafinna
Cherie Bo o bo a nala
Aye n'diye finye
Cherie bo o bo anala
Ale yarabini n'fana yarabila
An lone nara lone le bara na fa
N'diya namo barra na
Aba voyager abawa voyage la
Kelena kouma nale n'ma
Aba voyage nadon wara voyage djan na
Kelena tamaa nela maloyala
Aba voyage ondoni bara bouger
Na bougera na tara voyage la
Na an ma gnoniena ote ben
Je veux te cherche
N'Ma kono sa
N'Ma kono
je veux te trouve
An n'ma kono, n'ma kono, n'ma kono,
N'ma kono N'tena mena feou
Demoussou tigui lou Djonnin ye kounefe fa
N'ko Dembatigui lou N'kon djon koune fe N'fa
Demoussonin bebolo amalo ke min bata
Adibe mokolon ma adibe mossobe ma tegnaye
Fiba dounia yoro tegue donninke djonin yi kounnefe
N'diyanamo benin herelelo
Je veux te chercher
N'ma kono sa
N'ma kon An n'ma kono, n'ma kono, n'ma kono,
N'ma kono netena mena fewou
Ou va se marie
Je veux te chercher, je te trouver
On va se marie
Je veux te chercher
Niye N'diyagne finye
Ni tene diyagne kola
Ni ye ne diye finye
ni bolen N'diyagne finla
Cherie bo o bo aye
Aye n'diya nafin ye
Cherie bo o bo a bara na
n'diyanamo benin yerelelo
I bawa Bamako,
N'doni bawa Segou,
Ibawa Mopti, he bawa Kayes N'fa
N'diya namo fonga soro wodo
Ibawa karifa bougouya Ne diwa Karafibougouya
Ibawa kankan djelmandi ibawa kankan tala ndiwa
Ndiwa kankan kamasoro woto
N'na le sara kan to Kankan N'mala wili oma
Je veux te cherche
N'no no no no (repeat)
No no no N'teme
No N'teme voyage la
N'tenamena kile ton koyan
On va se marie
Je veux te chercher
N'Makono sa allah diyanamo N'kono
An makono makono Makono Makono N'tenamena fewou
N'ma kono Allah Diyanamo N'ma kono
yan Ma n'makono, n'makono, n'makono n'makono, n'makono
Je veux te chercher
je veux te trouver
No no no (Repeat)
On va se marie
An newato voyage las
Cherie nekembie tognola

.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d