Pular para o conteúdo principal

Vamos ouvir: Abayomy Afrobeat Orquestra

Abayomy (2012) - Abayomy Afrobeat Orquestra




Não consegue visualizar o player? Ouça aqui

Release escrito por Lucio Branco disponível no site da orquestra:

"
A ABAYOMY AFROBEAT ORQUESTRA é a primeira orquestra de afrobeat do Brasil. Ao redor do mundo, o afrobeat tem ganho considerável atenção desde a morte de Fela, em 1997, com a formação de muitas outras orquestras e bandas fora do ambiente africano. Inclusive, a vida de Kuti se transformou em musical de sucesso na Broadway e, atualmente, um filme sobre a sua trajetória está em processo de produção na Inglaterra.

Especialmente arregimentada para a primeira edição carioca do FELA DAY, em outubro de 2009, a ABAYOMY AFROBEAT ORQUESTRA estabeleceu, desde então, uma carreira sólida, com shows cada vez mais requisitados. No roteiro noturno carioca, a orquestra já tocou em casas como Circo Voador, Teatro Rival, Fundição Progresso, Cordão do Bola Preta, Teatro Odisseia, Casa Rosa. Fora do Rio, em (nome da casa local), em Friburgo, e no SESC Pompéia, em São Paulo. Um dos momentos mais marcantes da sua carreira foi a participação, no Teatro Rival, no evento de lançamento da versão em português da primeira e única autorizada biografia de Fela Kuti (Fela: esta vida puta) com a presença de seu autor, o cubano Carlos Moore.

A ABAYOMY conta em sua formação com membros de bandas de artistas como Vanessa da Matta, Nina Becker, Do Amor, Sobrado 112, Orquestra Imperial, Canastra, Paraphernália, Binário, Letuce etc. Nos shows, o repertório da orquestra tem composições próprias, algumas versões de pontos de candomblé no compasso do afrobeat e, claro, alguns covers de Fela Kuti.

"Abayomy", o primeiro álbum da banda foi lançado em outubro de 2012. O disco de estreia da Abayomy Afrobeat Orquestra teve a produção de André Abujamra e reúne seis composições próprias: : “Eru” é a canção que abre o disco; “Malunguinho” e “Obatalá” vêm na sequência, ambas saídas dos terreiros e de origem popular. A primeira é um k´orin (canto) de tradição Yorubá e a segunda vem do culto à Jurema, do nordeste do Brasil. Apresentadas à banda por Garnizé, ganharam um nova leitura Afrobeateada feita por todos; a próxima é “Emi Yaba”, escrita em Yorubá por Alexandre Garnizé para sua mãe; depois desse passeio pelos terreiros vem a instrumental “Afrodisíaco” que prepara o fechamento do disco; “No shit” composta por Gustavo Benjão, fecha brilhantemente “Abayomy” (essa ganhou textos lidos por André e pelo seu pai, o diretor teatral Antônio Abujamra).

A ABAYOMY AFROBEAT ORQUESTRA é:

Claudio Fantinato – percussão / Donatinho – teclado/vocal / Fabio Lima – sax/vocal / Garnizé – percussão/vocal / Gustavo Benjão – guitarra/vocal / Leandro Joaquim – trompete / Marco Serra Grande – trombone / Monica Ávila – sax / Pedro Dantas – baixo / Rodrigo de la Rosa– percussão / Thomas Harres – bateria/vocal / Thiagô – sax barítono / Vitor Gottardi – guitarra/vocal
"

Comentários

artur carmel disse…
Excelente !

Postagens mais visitadas deste blog

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta